MPSP investiga denúncia de ex-funcionários contra o vereador Adrilles Jorge por possível caso de rachadinha
Adrilles Jorge, que ganhou notoriedade nacional como comentarista político e atualmente cumpre mandato de vereador na cidade de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu uma investigação preliminar para apurar uma denúncia feita por ex-funcionários do vereador Adrilles Jorge (União Brasil) sobre um possível esquema de rachadinha em seu gabinete na Câmara Municipal de São Paulo.
A apuração ocorre sob sigilo, por meio de uma Notícia de Fato, instrumento utilizado para reunir elementos antes da abertura formal de um inquérito. Em nota, o MPSP informou apenas que “há diligências em curso”.
Denúncia partiu de ex-assessores exonerados
Segundo Adrilles Jorge, a denúncia foi apresentada por dois ex-funcionários de seu gabinete, exonerados há alguns meses “por questões éticas”. O parlamentar afirmou que os ex-assessores “demonstraram desconformidade com os propósitos e com a conduta do mandato” e que, após as demissões, passaram a “perseguir, assediar, chantagear e ameaçar o vereador”, além de fazer gravações internas do dia a dia do gabinete, o que o vereador classificou como “ato criminoso e absurdo”.
A dupla teria acusado o chefe de gabinete de ser o responsável por um suposto esquema de rachadinha — prática em que assessores devolvem parte do salário a superiores hierárquicos. Segundo a assessoria de Adrilles, o servidor foi afastado temporariamente até a conclusão das investigações.
Adrilles nega irregularidades e fala em retaliação
Em nota à imprensa, Adrilles Jorge negou veementemente qualquer envolvimento em irregularidades:
“Asseguro que nenhum ato ilícito — o que abomino veementemente — foi praticado em meu gabinete, não com meu conhecimento ou consentimento. Se, eventualmente, ficar comprovado algo de ilegal, providências serão tomadas também pelo parlamentar.”
O vereador ainda afirmou que as acusações partem de pessoas que buscam prejudicar sua imagem e seu mandato:
“Qualquer acusação que venha a desonrar a pessoa física e o mandato do vereador, sem comprovação legal, poderá resultar em providências jurídicas. Os autores das ilações estão passíveis de sanções legais.”
Acusações de uso indevido do nome e redes sociais
Ainda conforme o relato do parlamentar, os ex-assessores foram demitidos após usarem seu nome para fins pessoais, inclusive solicitando dinheiro, buscando autopromoção política e utilizando senhas de redes sociais do vereador para se promoverem.
Adrilles Jorge, que ganhou notoriedade nacional como comentarista político e atualmente cumpre mandato de vereador na cidade de São Paulo, enfrenta agora o desafio de defender sua imagem pública em meio à investigação. O caso segue sob apuração pelo Ministério Público, sem prazo definido para conclusão.
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