Quem diria? Zambelli pede ajuda internacional contra “abuso de autoridade”

Parece que o jogo virou, não é mesmo? A deputada Carla Zambelli (PL-SP) — uma das vozes mais estridentes contra o que ela chamava de “vitimismo da esquerda” — agora recorre à Corte Interamericana de Direitos Humanos para reclamar de… violação de direitos humanos.

Pres@ desde o dia 29 de julho em uma penitenciária feminina em Roma, a parlamentar bolsonarista alega estar sendo vítima de maus-tratos e falta de assistência médica. Segundo seu advogado, Pagnozzi, o caso é grave: Zambelli estaria sendo mantida “sem direito a medicamento”, mesmo enfrentando fibromialgia, problemas cardiovasculares, e uma recuperação pós-cirúrgica após a remoção de um tumor cerebral. Além disso, a defesa diz que ela sofre de depressão severa — um diagnóstico que, convenhamos, deve ter se agravado longe dos holofotes.

Pagnozzi pediu que as autoridades italianas visitem a penitenciária de Rebibbia, onde Zambelli está detida, para verificar as condições da prisão. Segundo ele, a prioridade é simples:

“O principal ponto é que ela seja solta. Mas, se não for, que receba pelo menos os tratamentos médicos adequados.”

Um pedido razoável — embora venha de quem, no passado, defendia endurecimento penal e zombava de “direitos de presos”. Agora, é ela quem quer atenção da comunidade internacional e a intervenção de uma corte de direitos humanos.

O advogado encerrou dizendo que espera que os direitos constitucionais da deputada sejam respeitados, já que “nenhum poder está acima da lei”. Uma frase que, curiosamente, ecoa exatamente o que muitos opositores de Zambelli costumavam dizer quando ela apoiava medidas autoritárias.

Enquanto isso, a Corte Interamericana ainda não se manifestou. Mas fica a lição: às vezes, a vida é irônica — e a justiça, ainda mais.